domingo, 18 de abril de 2010

A HISTÓRIA DOS CARINHOS QUENTES

Dentre todas as histórias que conheço - e conheço muitas! - esta que aqui selecionei (inspirada na autoria de Claude Steiner) considero como uma das minhas favoritas. A sua mensagem vale a pena ser lida e colocada em prática em nosso pensar, sentir e agir em tudo aquilo que somos, fazemos e temos em nossas vidas...

Carinhos Quentes.

Era uma vez, uma cidade, uma cidade como todas as outras e ao mesmo tempo diferente de todas as demais porque naquela cidade todo mundo era feliz.
Certa vez, uma bruxa má resolveu se instalar naquela cidade e como toda bruxa má que se preza ela vendia poções, pozinhos e etc, enfim, aquelas coisas que as bruxas más vendem...
Mas, para o espanto da bruxa, ninguém comprava os produtos da bruxa, e ela ficou encafifada com aquilo
Ela então contratou uma equipe de marketing - era uma bruxa moderna - para resolver aquela situação. A equipe fez pesquisas, levantamentos, e explicou para a bruxa que naquela cidade todo mundo ao nascer vinha ao mundo com um saquinho mágico, em que nele havia uma substância realmente mágica que quando era ofertada à alguém, essa substância mágica crescia energeticamente envolvendo tanto quem deu como quem recebeu proporcionando uma autêntica sensação de paz e de felicidade.
E o Nome dessa substância mágica era "Carinhos Quentes"; e todo mundo dava - e, naturalmente, assim todo mundo recebia - Carinhos Quentes e assim todos eram felizes e não precisavam dos produtos da bruxa.
A bruxa pensou, pensou e pensou até que então arquitetou um plano. Ela chegou para um pai de família e disse:
- Olha sua esposa dando Carinhos Quentes para os outros... Já pensou se acabam?
Até então, nunca alguém havia pensado na possibilidade dos Carinhos Quentes se esgotarem. O marido chegou para sua esposa e disse:
- Esposa, acabou essa história de ficar dando Carinhos Quentes para os outros. Agora é só nosso e olhe lá...
E se tornaram egoístas quanto aos Carinhos Quentes.
As crianças vendo aquilo - e as crianças sabem que palavras convencem mas exemplos arrastam... - começaram também a se tornar egoístas dos Carinhos Quentes. E com o passar do tempo, aquele novo comportamento foi se alastrando pela cidade até que um dia ninguém mais dava - e assim ninguém mais recebia - Carinhos Quentes.
As pessoas passaram a sentir um vazio, uma angústia, uma falta que não sabiam explicar do que, e assim, por desespero, começaram a consumir os produtos da bruxa.
E a bruxa ganhou rios de dinheiro, ficou muito contente, com sorriso de orelha a orelha, até que aconteceu algo com o que não contava. O que aconteceu?
As pessoas começaram a morrer - pois ninguém vive sem Carinhos Quentes! - e a bruxa pensou: "Isso eu não quero, pois se não, quem vai continuar me dando dinheiro?"... A bruxa pensou, pensou e pensou e então lançou no mercado um novo produto: Os Espinhos Frios.
Os Espinhos Frios servem para ferir, agredir, magoar as outras pessoas.
Entre dar e receber nada ou trocar Espinhos Frios, as pessoas então passaram a trocar entre si Espinhos Frios. Já não mais morriam, mas continuavam extremamente insatisfeitas, infelizes, movidas por um desejo deslizante que nunca se saciava e por aquele rol de negatividade anteriormente mencionado.
Mais adiante, alguém da equipe da bruxa teve a idéia de revestir os Espinhos Frios com uma camada que imitava aqueles quase esquecidos Carinhos Quentes de outrora. A esse novo produto foi dado o nome de "Carinhos de Plástico".
Os "Carinhos de Plástico", à primeira vista, parecem Carinhos Quentes, mas assim que se desmancha a superficialidade, revela-se que o que tem por dentro é um tremendo de um Espinho Frio.
Pois bem. Assim ia a cidade sobrevivendo, com as pessoas mediocremente trocando entre si Espinhos Frios e Carinhos de Plástico, até que um dia, um jovem regressou à cidade e a bruxa não conseguiu fazer a cabeça desse jovem.
E ele seguia sua própria natureza, dando Carinhos Quentes para quem encontrasse em seu caminho.
Algumas pessoas vendo aquilo, exclamaram: "Esse homem é louco! Está dando Carinhos Quentes..."
Mas pelo grau de evolução que ele havia conquistado em suas peregrinações e estudos na vida, ele sabia que não devia "dar bola" para esse tipo de comentário. E assim continuou seguindo sua própria natureza, dando Carinhos Quentes para quem encontrasse.
Outros disseram: "Ele é um aproveitador, um ‘171’; deve estar tentando levar alguma vantagem, por isso está dando Carinhos Quentes...".
Mais uma vez, pelo grau de evolução que havia conquistado, sabia que não devia se deixar atingir por essas acusações. E assim prosseguiu seguindo sua natureza, distribuindo autênticos Carinhos Quentes para todos.
Até que um dia, ele encontrou uma moça -e que não era uma moça comum; era uma moça especial - e ela ao receber os Carinhos Quentes, percebeu despertar em si uma luz, uma sensação de ternura e de amor e sentiu um desejo sincero de voltar a dar Carinhos Quentes. Juntos, ela e o rapaz, continuaram dando Carinhos Quentes às pessoas.
Ao poucos, outras pessoas inspiradas pelo exemplo autêntico e sincero daquele casal, foram despertando e voltando a dar Carinhos Quentes.
Pois bem. E como então essa história termina?
Para ser muito honesto, até hoje essa história ainda não terminou...
Em todos os países, em todos os estados, em todas as cidades, existem dois grupos de pessoas:
Um deles, que é a maioria, é formado pelas pessoas comuns. E quem são as pessoas comuns? São aquelas que se limitam a dar Espinhos Frios e Carinhos de Plástico...
E o outro grupo, que por enquanto ainda é a minoria, é formado pelas chamadas pessoas especiais.
E quem são as Pessoas Especiais? São as pessoas que ousam... que se permitem compartilhar com a humanidade... autênticos, genuínos Carinhos Quentes.
Esse grupo por enquanto ainda é minoria, mas temos a crença que se fizermos a nossa parte, uma massa crítica será atingida revolucionando toda a humanidade, e assim estaremos dando nossa contribuição para a edificação de um mundo melhor de se viver...
Você que chegou até aqui lembre-se desse convite para descobrir-se uma Pessoa Especial...Semeando Carinhos Quentes!

terça-feira, 13 de abril de 2010

EDUCAÇÃO É ...

"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo"
Nelson Mandela

REFLEXÃO

"Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível".
Mahatma Gandhi

quinta-feira, 8 de abril de 2010

ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS HIPERATIVAS

DICAS ALIMENTARES

Antes de experimentar qualquer tratamento comece eliminando o açúcar refinado e os aditivos da dieta do seu filho. Leia os rótulos cuidadosamente e elimine alimentos processados que contenham corantes, flavorizantes, adoçantes e conservantes, relacionados comumente como benzoatos, nitratos e sulfitos.
Os aditivos de alimentos comuns também incluem silicato de cálcio, BHT, BHA, peróxido de benzoíla. emulsificantes, espessantes, estabilizantes, gomas vegetais e amido.

Os salicilatos muitas vezes têm implicação na hiperatividade. É mais difícil eliminá-los da dieta; ocorrem naturalmente além de serem usados como aditivos. Uma série de frutas e hortaliças conhecidas contêm salicilatos, inclusive amêndoa, maçã, damasco, banana, cereja, uva, limão, melão, nectarina, laranja, pêssego, ameixa, ameixa-seca, passa, framboesa, pepino, ervilha, pimentão-verde, pimenta-malagueta, picles e tomate.

Segundo um estudo citado no periódico Pediatrics, mais de 50% das crianças hiperativas demonstraram menos problemas comportamentais e tiveram menos problemas de sono quando seguiram uma dieta restrita. A dieta ideal não continha aditivos artificiais e químicos, chocolate, glutamato monossódico, conservantes e cafeína.

SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS

Um suplemento líquido de cálcio e magnésio é calmante para o sistema nervoso. Após ter eliminado os conservantes e o açúcar da dieta do seu filho, dê-lhe esse suplemento. As crianças de cinco a sete anos devem tomar uma colher de chá, uma vez ao dia. Crianças com mais de dez anos devem tomar uma colher de sopa, uma ou duas vezes a dia. Siga esse regime durante dois meses, depois diminua a dose para cinco dias por semana durante três meses. Em seguida, pare de dar o suplemento.
A colina aparentemente melhora a memória e a atenção de algumas crianças. Se seu filho tiver quatorze anos ou mais, experimente dar-lhe 500 miligramas por dia durante um mês.

Um suplemento líquido do complexo B é muito importante para crianças hiperativas. Ajuda a relaxar o sistema nervoso estressado e melhorar o funcionamento mental e a concentração. Siga as orientações sobre dosagem indicadas na bula e dê a dose recomendada durante dois meses. Depois, diminua a dose para cinco dias por semana durante três meses. Em seguida, pare de dar o suplemento.

SUZY CAMACHO GUIA PRÁTICO DOS PAIS

BIRRA

Por volta dos 2 anos de idade normalmente as crianças adotam um comportamento de birra sempre que são contrariadas em seus desejos. Atiram-se no chão quando não são atendidas, e entre contorções, choros , gritos ,o conflito está armado. Agem dessa forma , tanto nas situações mais banais como nas mais importantes, sem critérios de prioridades na

realização dos seus desejos. Basta ter uma vontade que luta ferozmente para vê-la atendida. Os pais assistem a tudo atônitos ou irritados. Com freqüência se questionam onde foi que erraram para que o anjinho de 1 ano se transforma-se num ditadorzinho aos 2. “O que foi que aconteceu com o meu filhinho?” Nada de anormal. Simplesmente ele está

crescendo, desenvolvendo sua individualidade, e percebendo-se uma pessoa distinta da mãe, com vontade própria. Até o primeiro ano os pais costumam-se a conviver com uma criança passiva, extremamente dependente, que aceita as condições que lhe são impostas . Ainda não há um desenvolvimento psico-motor que permita-lhe explorar o mundo ao

redor. Não anda , não fala, comunica suas frustrações principalmente através do choro, que prontamente é interpretado pelos pais como algum incomodo e procuram aliviar as sensações desconfortáveis imediatamente.

Próximo aos 2 anos , a criança descobre que pode falar, andar, manipular os objetos que deseja e resolver as coisas a seu modo. Possui idéias próprias a respeito do que quer ou não quer fazer. Passa então a exercitar sua autonomia experimentando os efeitos de suas ações no ambiente. Desafia as ordens recebidas testando os limites e autoridade dos pais. É uma fase de auto- afirmação transitória ,que termina por volta dos 4 anos .Não se apavore! Enquanto esses anos não passam , eis algumas sugestões para evitar situações que gerem a birra:

· Guardar objetos de estimação por tempo determinado. Durante esse importante período exploratório, de 2 a 4 anos, a criança inicia sua compreensão do mundo exterior É tocando, experimentando ,que a criança desenvolve sua inteligência.

Manipular tudo o que está ao seu alcance, significa aprender, por isso não é aconselhável impedir a criança de ter inúmeros SUZY CAMACHO GUIA PRÁTICO DOS PAIS 38 contatos com objetos, evidentemente, que não se partam e que

não a firam. Para que não hajam conflitos desnecessários, recomenda-se que objetos de valor estimativo, caros ou quebráveis (bibelôs, vasos de cristal, etc.) sejam momentaneamente removidos para locais inacessíveis a criança, afim de evitar que a mesma quebre-os ou negue-se a entregá-los desafiando sua autoridade e gerando um conflito desnecessário.

Tem-se demonstrando de grande valia nessa fase uma gaveta devidamente preparada, de fácil acesso a criança, repleta de

objetos que possa manipular .Renove-os com constância, a novidade atrai mais que o valor e complexidade dos objetos. Pode abastecer com sucata: revistas antigas, embalagens coloridas, papéis de embrulho, garrafas de refrigerante,( com o cuidado de remover a tampa que pode ser ingerida), roupas velhas, tampas de panelas, pratinhos de plástico, copos de plástico, enfim, qualquer objeto para a criança é uma fonte de prazer e conhecimento. Estes momentos costumam tranqüilizar a criança e restringir as áreas de conflito.

· Respeite seu ritmo biológico Não adianta tentar fazer uma criança raciocinar quando a mesma encontra-se sonolenta, faminta, cansada ou irritada. É conflito na certa. A insatisfação das suas necessidades fisiológicas tornam-na mal humorada e sem condições para compreender e atender as ordens dadas. O melhor permitir que ela durma, coma, descanse ou se acalme, para depois requisitar o que for necessário

· Ofereça atenção a comportamento desejável ao invés de ignorá-lo Pelo ritmo estressante dos dias atuais, muitas vezes os pais esquecem de reconhecer e dar atenção aos comportamentos adequados da criança. Tornam-se observadores minuciosos das atitudes negativas, mas desatentos as atitudes que desejam preservar no repertório de comportamento do seu filho.

Exemplo: A mãe está conversando com uma vizinha , e a criança se aproxima e pede atenção de maneira gentil (Mamãe). A mãe não oferece e continua a conversa. A criança requisita-a novamente chamando-a já impaciente. A mãe continua entretida na sua conversa e não lhe oferece a devida atenção. A criança começa a falar alto e torna-se inconveniente. Diante da cena desagradável, a mãe imediatamente interrompe seu diálogo ficando atenta ao pedido da criança para livrar-se do constrangimento do acesso de raiva do filho diante da vizinha. “O que ela vai pensar?”. Então atende imediatamente o pedido para SUZY CAMACHO GUIA PRÁTICO DOS PAIS 39 evitar que a cena se prolongue e a vizinha tenha uma impressão negativa da criança e comente com terceiros, quando o correto seria decidir atendê-lo ou não quando a criança aproximou-se gentil e educada. A mãe ensinou ao filho como ser insuportável. A criança introjeta

que não é notada quando faz algo bom, ou seja , só é notada quando faz cena. Como sente necessidade de atenção, busca

encontrá-la mesmo que em comportamentos inadequados, já que percebeu que são os únicos capazes de atrair imediatamente a atenção dos pais e a satisfação dos seus desejos. Para a criança, é melhor ser notada mesmo que com raiva pelos pais do que passar despercebida. Sempre que possível dê sempre atenção ao seu filho quando ele lhe requisita, para não ter de fazê-lo coagido (a)! Não deixe de elogiá-lo cada vez que apresenta um progresso, você estará demonstrando que está acompanhando com atenção todo o comportamento positivo.

· Dê carinho. Seja agradável e divertido Sabemos que a função dos pais engloba inúmeras atividades ,e o tempo para realizá-las é sempre escasso para supervisionar a execução das tarefas de responsabilidade da criança. A maior parte do tempo dedicado a criança está relacionado a pedir alguma coisa a ela. Exemplo: “Vá tomar banho”, “Guarde seus brinquedos”, “Recolha a camiseta do sofá”. É bem verdade que se faz necessário requisitar da criança a realização das suas obrigações. Porém é fundamental dedicar algum tempo exclusivamente para estar com a criança, e não solicitar nesse momento que faça qualquer coisa a não ser vocês estarem juntos para uma troca de carinho, com toques suaves, abraços, beijos, conversas amenas, brincando e rindo. Se o seu tempo com seu filho for muito pouco, talvez o esteja incentivando a adotar comportamentos inadequados para chamar sua atenção.

· Reserve sempre uns 20 minutos durante o seu dia para estar integralmente ao lado dele.

· Pergunte sempre como foi o seu dia e se interesse pela sua resposta. SUZY CAMACHO GUIA PRÁTICO DOS PAIS 40

· Observe se está triste ou alegre e diga que emoção notou nele. “Estou vendo que você está triste, o que foi que aconteceu?” Seu filho gosta de saber que você se preocupa com ele.

· Ouça sempre suas conversas por mais banais e desinteressante que possam lhe parecer. Desta forma saberá em que etapa seu filho se encontra e que tipo de situação pode estar tendo dificuldade no momento de enfrentar. Essa é sua grande oportunidade de aproximar-se dele, e dar seu apoio , estabelecendo um diálogo que na adolescência será fundamental para afastá-lo das más experiências.

· Fale sempre sobre suas qualidades e do quanto o ama.

· Invente brincadeiras com ele. Durante as atividades lúdicas a criança costuma colocar muitas emoções que inquirida tem bloqueios para relatar. porém, durante um jogo ou desenhando, pode comentar. O que fazer durante a cena de birra?

· Procure manter a calma e avaliar o pedido que gerou a cena. Seu objetivo principal é mostrar que entende o acesso de raiva , ajudar a criança a nomeá-lo (estou com raiva, ciúme, medo, etc) e fazê-la refletir sobre o que pode ser feito. Eu sei que está com raiva por não levá-la ao parque, sinto muito , eu também ficaria zangado(a). Posso brincar de casinha ou ler uma estória, o que você prefere?”

Quando você demonstra que compreende a emoção do seu filho, e aceita-a dizendo que tem o direito de senti-la, mas não pode fazer a sua vontade naquele momento e oferece-lhe outras alternativas para escolher, a criança percebe que embora não tenha suas vontades prontamente atendidas, os pais se interessam pela sua opinião muito embora não a realize sempre. Mesmo apresentando-se contrariada, ela vai assimilando que você não é manipulado pela sua birra e que tem calma para entender seus sentimentos, mas mantém sua posição. Se demonstrar aborrecimento ou perder o controle diante dela , você oferecerá uma arma pois a criança descobrirá como fazer para incomodar até conseguir atingir o seu objetivo. SUZY CAMACHO GUIA PRÁTICO DOS PAIS 41

Mais tarde, percebendo que o artifício não funciona , que não consegue irritar os pais, deixa de utilizá-lo na intenção de manipulá-los Converse com a criança explicando porque não pode realizar o seu desejo.

· Diga-lhe que entende que está furiosa, mas não pode atender ao seu pedido que fica para uma outra ocasião. Sugira em seguida algumas alternativas possíveis que não prejudiquem o ritmo da família, para que ela escolha.

· Se a crise prosseguir com o cena mesmo depois das alternativas, você deve controlar-se, e dizer que não pode entendê-la com todo esse choro, e que só voltará a conversar com ela se parar com a cena. Pode ficar estático, sem falar nada, simplesmente observando e aguardando o fim da crise de fúria. A situação para a criança torna-se constrangedora e normalmente ela cessa o ataque. Depois voltem a conversar sobre o comportamento dela demonstrando que não gostou do procedimento. Insista na explicação do que pode ou não pode ser feito, e quando você diz não é porque de fato não pode ser realizado.

· Não prolongue seu sentimento de raiva para com seu filho ( ficando emburrado, não conversando com ele, virando-lhe a cara, etc) afim de aplicar-lhe um corretivo. Você só estaria ensinando-o a ter o mesmo procedimento com você e com os outros no futuro: manter a raiva mesmo após a situação sanada. E como também somos passíveis de erros, quando falharmos provavelmente receberemos o reflexo da mesma amarga atitude de revolta que poderá ferir-nos profundamente num período complicado como a adolescência. Portanto cuidado com o veneno das emoções negativas . Livre-se dele o mais rápido possível e adote esta postura como meta de vida. O ressentimento em nada corrige o comportamento de quem errou, pelo contrário, só distancia as pessoas da boa conduta, por desencadear mágoas em ambas as partes e dar um exemplo de comportamento inadequado, que provavelmente será repetido pelo opositor.

· Mantenha-se firme na sua posição de não ceder e ofereça alternativas possíveis no momento (Eu sei que você não vai

gostar, mas não podemos continuar brincando no parquinho SUZY CAMACHO GUIA PRÁTICO DOS PAIS 42 porque já é tarde .Temos que ir embora agora. Você pode escolher: jogarmos uma partida de vídeo game em casa , ou brincarmos de carrinho por 10 minutos. O que você escolhe?) . Quando você disser um Não , ele deve ser mantido, mesmo que a contra gosto, para que a criança tenha confiança nas suas posições. Um não que se transforma em sim transmite a criança uma mensagem dúbia, que gera problemas em seu desenvolvimento emocional e de comportamento. A criança fica apreensiva e manipuladora diante de um adulto inseguro em suas posições. que profere palavras sem convicção da sua possibilidade em mantê-las. Isso pode ser extensivo a tudo. Ela pode pensar , embora não verbalize: “Como posso confiar em alguém que diz –me algo e logo depois muda de posição diante de um pouco de pressão? Também pode dizer que nunca irá deixar de me amar e de repente por imposição de alguém , pode abandonar-me porque não agüentou a pressão exercida”. Para a criança é mais tranqüilizante ter suas vontades frustradas ( desde que coerentemente explicadas), mas a firmeza das posições dos pais mantidas, do que pais fragilizados que não demonstram insegurança em suas convicções.

· Não ridicularize nem diminua a criança durante o acesso de raiva. As vezes para interromper a cena constrangedora, os pais procuram ridicularizar o filho para atenuar a situação. Enganamse. O efeito é devastador, tanto para a imagem dos pais diante da criança, como da criança para ela mesma. Vamos esclarecer melhor:

A imagem dos pais diante da criança

Como os pais são o exemplo de comportamento para a criança, atitudes de ridicularização serão repetidas pela criança para provocar os pais também durante suas crises, o que iria gerar um confronto violento entre as partes. A criança utilizaria do mesmo expediente para situações semelhantes. Ao invés de ser compreensiva e colaboradora diante das

dificuldades dos pais de conterem sua raiva, tornar-se-ia agressiva e irônica, da mesma forma que os pais se mostraram diante do seu acesso de raiva.

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A imagem da criança para com ela mesma.

Todos possuímos uma auto-imagem que regula nossos comportamentos de acordo com a mesma. Ora, se a criança houve os pais se referirem a ela de maneira a diminuí-la, ou ridicularizá-la (você está igual a um bebê! Chora mesmo, você fica tão tonto! Não vou olhar mais na sua cara de chorão!),irá acreditar nas palavras proferidas num momento de raiva, de maneira inconseqüente, como verdadeiras, e passará inconscientemente a reagir de acordo com elas, ou seja , se meu pai disse que sou tonto de fato o sou, e começa a ter atitudes impensadas.Ainda resta o ressentimento que faz com que a criança não se importe se a sua conduta faz os pais sofrerem porque eles também não demonstraram entender o seu sofrimento no momento de raiva.Uma das melhores formas de controlar o comportamento humano é através do amor que despertamos nas pessoas.

Seu filho tenderá a se controlar nas suas manifestações emocionais se o vínculo afetivo entre vocês estiver estreito, através da sua compreensão dos sentimentos dele, embora não ceda a vontade dele. Exemplo. “Sei que você está muito nervoso com a minha posição de termos de ir embora da festa. Mas já é tarde e temos de ir embora. Já está decidido fica para uma próxima vez. Vamos. “ E leve-o para casa.Se ele continuar resistente, não se intimide. Carregue-o no colo,mesmo diante da continuidade do choro, ou gritos.

Não ceda! Atenção! Não se preocupe com o que os outros podem pensar a respeito da cena constrangedora e escandalosa que seu filho está fazendo. A responsabilidade pela educação do seu filho é sua.

Interferências familiares para que os pais cedam durante um acesso de raiva da criança, por mais bem intencionadas que sejam, não são bem vindas porque rompem a disciplina e diminuem sua autoridade.

Lembre-se: É você quem determina as regras! A educação fica prejudicada se existirem padrões diferentes de conduta diante dos apelos de outras pessoas.

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Portanto, diante da situação de acesso de raiva do seu(a) filho(a):

· Diga NÃO! Sem receio de perder o amor do seu filho por você.A negativa será compreendida no futuro.

· Dê uma explicação. Explique para a criança que você entende sua frustração, e que no seu lugar também se sentiria assim. Em poucas palavras e de maneira acessível a compreensão dela, dê os motivos pelos quais nem sempre você poderá realizar suas vontades, na hora que ela quer, nem do jeito que deseja. · Não recue. Se você ceder a criança estará ensinando a criança que a atitude irada tem um forte poder de persuasão , ela utilizará essa conduta com freqüência para atingir seus objetivos e tornar-se-á uma criança insuportável e sem resistência as frustrações da vida.

· Coerência entre os pais. Se um disser não o outro não pode contrariar o parceiro. Deve haver um apoio mútuo frente as atitudes de um dos pais.

· Imponha limites razoáveis. Você deve educar seu filho mostrando que compreende seu desejo mas existem limitações que não podem ser alteradas. Exerça seu poder de persuasão, justificando sua decisão e oferecendo alternativas plausíveis. Com a continuidade desse comportamento seu filho aprenderá a controlar-se adaptando-se mais adequadamente as circunstânc ias.

· Nunca faça ameaças ou promessas para depois não cumpri-las. Lembre-se sempre daquela estória da mãe que ameaçava o filho dizendo: “Vou te castigar se castigar se continuar fazendo isso!”. Depois não castigava e a criança começou a perder a confiança na mãe.

Durante essa face, muita paciência e firmeza!

AUTISMO – SINDROME DE ASPERGER

A síndrome de Asperger foi descrita primeiramente por um médico alemão , Hans Asperger, em 1944 (um ano depois do primeiro trabalho de Leo Kanner em autismo). O Dr. Asperger discutiu em seu trabalho indivíduos que exibiam muitas idiossincrázias e estranhos comportamentos (veja descrição abaixo) . Freqüentemente indivíduos com a síndrome de Asperger têm muitos dos comportamentos listados abaixo:

LINGUAGEM

· Fala lúcida antes de idade 4 anos; gramática e vocabulário normalmente são muito bons

· Fala às vezes é formal e repetitiva .

· A voz tende a ser plano e emotionless

· As conversações revolvem ao redor do ego

COGNIÇÃO (APRENDIZAGEM)

· Obcecado com tópicos complexos , como padrão , desbote , música , história , etc.

· Freqüentemente descrito como excêntrico

· Q.I.s varia no do espectro , muitos abaixo do normal de habilidade verbal e acima da média em habilidades de desempenho .

· Muitos têm dislexia e problemas de escrita , e dificuldade com matemática .

· Falta bom senso

· Pensamento concreto (contra o abstrato)

COMPORTAMENTO

· movimentos tendem a ser desajeitado e desajeitado .

· problemas sensórios parecem não ser tão dramático quanto esses com outras formas de autismo .

· socialmente atento mas exibições interação recíproca imprópria

Investigadores acreditam que a síndrome de Asperger é provavelmente hereditária porque muitas famílias informam ter um “parente estranho” ou dois. Além , são informadas freqüentemente depressão e desordem bipolar nesses com a síndrome de Asperger como também em sócios familiares. No momento, não há nenhum tratamento prescrito para indivíduos com a síndrome de Asperger Na maioridade, muitos têm vidas produtivas , vivendo independentemente , trabalhando efetivamente em um trabalho (muitos são professores de faculdade , programadores de computador , dentistas) , e constituindo uma família . Aparentemente há várias formas de autismo de alto-funcionamento , e a síndrome de Asperger é uma forma .

AUTISMO - SÍNDROME DE ASPERGER

Ao longo da vida

Autor: Stephen Bauer

Obtido da Página do Psiquiatra Infantil Walter Camargos Junior

A Síndrome de Asperger, também chamada "Desordem de Asperger", é uma categoria relativamente nova de desordem de desenvolvimento. O termo entrou em uso geral nos últimos 15 anos. Embora um grupo de crianças com esse quadro clínico tenha sido descrito originalmente, de uma forma muito acurada, na década de 1940 pôr um pediatra vienense, Hans Asperger, a síndrome de Asperger foi oficialmente reconhecida no "Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Desordens Mentais" pela primeira vez na quarta edição, publicada em 1994. Devido a haver poucos artigos de revista compreensíveis na literatura médica até agora e devido a SA ser provavelmente consideravelmente mais comum do que inicialmente se pensava, esta discussão vai tentar descrever a síndrome em alguns detalhes e oferecer sugestões relacionadas à sua administração. Estudantes com SA são não raramente vistos na educação regular, embora freqüentemente não diagnosticados ou diagnosticados erroneamente, de modo que se trata de tópico de alguma importância para os profissionais da educação, assim como para os pais.

Síndrome de Asperger é o termo aplicado ao mais suave e de alta funcionalidade daquilo que é conhecido como o espectro dos Transtornos Invasivos (presentes e perceptíveis a todo tempo) do desenvolvimento (ou espectro de autismo). Como todas as condições ao longo do espectro, parece representar uma desordem de desenvolvimento neurologicamente fundamentada , muito freqüentemente de causa desconhecida , na qual há desvios e anormalidades em três áreas do desenvolvimento: relacionamento social, uso da linguagem para a comunicação e certas características de comportamento e estilo envolvendo características repetitivas ou perseverativas sobre um número limitado , porém intenso , de interesses . É a presença dessas três categorias de disfunção , que pode variar de relativamente amena a severa, que clinicamente define todos os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento , de SA até o autismo clássico . Embora a idéia de um contínuo PDD (pervasive developmental disorder) ao longo de uma única dimensão seja útil para entender as semelhanças clínicas de condições ao longo do espectro , não é totalmente claro se SA é somente uma forma atenuada de autismo ou se as condições são relacionadas por algo mais que suas grandes semelhanças clínicas .

Síndrome de Asperger representa a porção das PDD caracterizada por elevadas habilidades cognitivas (pelo menos Q.I. normal, às vezes indo até as faixas mais altas) e por funções de linguagem normais , se comparadas a outras desordens do espectro . De fato , a presença de características básicas de linguagem agora é usado como um dos critérios para o diagnóstico de SA , embora esteja próximo de dificuldades sutis com linguagem pragmática e social. Muitos pesquisadores acham que há duas áreas de relativa intensidade que distinguem SA de outras formas de autismo e PDD e concorrem para um melhor prognóstico em SA . Estudiosos não chegaram a consenso se existe alguma diferença entre SA e Autismo de Alta Funcionalidade (HFA) . Alguns pesquisadores sugerem que o déficit neuropsicológico básico é diferente para as duas condições , mas outros não estão convencidos de que alguma distinção significativa posa ser feita entre os dois . Um pesquisador , Utah Frith , caracterizou crianças com SA como tendo "traços de autismo". De fato , é provável que se posa encontrar múltiplos sub-tipos e mecanismos por detrás do amplo quadro clínico SA . Isto abre espaço para alguma confusão relacionada ao diagnóstico e é provável que crianças muito parecidas através do país venham sendo diagnosticadas como as, HFA ou PDD, dependendo de onde e por quem foram avaliadas .

Uma vez que a própria SA mostra um espectro de severidade dos sintomas, muitas crianças menos usuais, que podem atingir critérios para esse diagnóstico não são absolutamente diagnosticadas e são vistas como "incomuns" ou "um pouco diferentes", ou são erroneamente diagnosticadas com condições como desordens de atenção , distúrbios emocionais , etc . Muitos nesse campo acreditam que não há uma fronteira clara separando crianças SA de crianças "normais porém diferentes" . A inclusão de SA como uma categoria separada no novo DMS-4 , com critérios mais ou menos claros de diagnóstico pode levar a grande consistência de identificação no futuro .

Epidemiologia:

Os melhores estudos que têm sido conduzidos até agora sugerem que SA é consideravelmente mais comum que o autismo clássico . Enquanto o autismo tem tradicionalmente sido encontrado à taxa de 4 a cada 10.000 crianças, estima-se que a Síndrome de Asperger esteja na faixa de 20 a 25 por 10.000 . Isso significa que para cada caso de autismo típico , as escolas devem esperar encontrar diversas crianças com SA (isso é tanto mais verdade para o ensino básico , onde a maioria das crianças com SA são encontradas) . De fato , um estudo criterioso, baseado nas populações , foi conduzido pelo grupo do Dr. Gillberg , na Suécia , concluindo que aproximadamente 0,7% das crianças estudadas tem um quadro clínico diagnosticável ou sugerindo SA em algum grau .Particularmente se forem incluídas as crianças que tem muita das características SA e parecem ser levemente enquadráveis ao longo do espectro tido como "normal" . Então parece ser uma condição nada rara .

Todos os estudos concordam que a síndrome de Asperger é muito mais comum em rapazes que em garotas . A razão para isso é desconhecida . SA é muito comumente associada com outros tipos de diagnóstico , novamente por razões desconhecidas , incluindo : "tics" como a desordem de Tourette , problemas de atenção e problemas de humor , como depressão e ansiedade . Em alguns casos há um claro componente genético , onde um dos pais (normalmente o pai) mostra ou o quadro SA completo ou pelo menos alguns dos traços associados ao SA ; fatores genéticos parecem ser mais comuns em SA que no autismo clássico . Traços de temperamento como ter interesses intensos e limitados , estilo rígido ou compulsivo e desajustamento social ou timidez também parecem ser mais comuns , sozinhos ou combinados , em parentes de crianças SA . Algumas vezes haverá história positiva de autismo em parentes , reforçando a impressão de que SA e autismo sejam às vezes condições relacionadas . Outros estudos tem demonstrado taxa relativamente alta de depressão, uni ou bipolar , em parentes de crianças com SA , sugerindo relação genética pelo menos em alguns casos . Parece que , como no autismo, o quadro clínico seja provavelmente influenciado por muitos fatores , inclusive genéticos , de modo que não há uma causa única identificável na maioria dos casos .

Definição:

O novo critério DSM-4 para diagnóstico de SA , com os critérios oriundos do diagnóstico do autismo , incluem a presença de :

Prejuízo qualitativo na interação social , envolvendo alguns ou todos dentre :

  • prejuízo no comportamento não-verbal p/ regular a à falha no desenvolvimento de relações com seus pares em idade;
  • falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros ;
  • falta de reciprocidade emocional ou social .
  • Padrões restritos , repetitivos e estereotipados de comportamento , interesses e atividades envolvendo :
  • preocupação com um ou mais padrões de interesse restritos e estereotipados ;
  • inflexibilidade a rotinas e rituais não-funcionais específicos ;
  • maneirismos motores estereotipados ou repetitivos , ou preocupação com partes de objetos .
  • Estes comportamentos precisam ser suficientes para interferir significativamente com funções sociais ou outras áreas . Além disso , é necessário não haver atraso significativo nas funções cognitivas gerais ,
  • auto-ajuda/características adaptativas , interesse no ambiente ou desenvolvimento geral da linguagem .
  • Cristopher Gillberg , um médico sueco que estudou SA extensivamente , propõe seis critérios para o diagnóstico , elaborado sobre os critérios DSM-4 . Seus seis critérios capturam o estilo único dessas crianças , e incluem :
  • 1o) Isolamento social , com extremo egocentrismo , que pode incluir :
  • * falta de habilidade para interagir com seus pares
  • falta de desejo de interagir
  • apreciação pobre da trança social
  • respostas socialmente impróprias

2o) Interesses e preocupações limitadas

  • mais rotinas que memorizações
  • relativa exclusividade de interesses -- aderência repetitiva

3o) Rotinas e rituais repetitivos , que podem ser :

  • auto-impostos
  • impostos por outros
  • 4o) Peculiaridades de fala e linguagem , como :
  • possível atraso inicial de desenvolvimento , não detectado consistentemente
  • linguagem expressiva superficialmente perfeita
  • prosódia ímpar , características peculiares de voz
  • compreensão diferente , incluindo interpretação errada de significados literais ou implícitos

5o) Problemas na comunicação não-verbal, como:

  • uso limitado de gestos
  • linguagem corporal desajeitada
  • expressões faciais limitadas ou impróprias
  • olhar fixo peculiar
  • dificuldade de ajuste a proximidade física

6o) Desajeitamento motor

  • pode não fazer necessariamente parte do quadro em todos os casos
  • Características clínicas
  • mais óbvio marco da síndrome de Asperger e a característica que faz dessas crianças tão únicas e fascinantes é sua peculiar , idiossincrática área de "interesse especial" . Em contraste com o mais típico autismo , onde os interesses são mais provavelmente por objetos ou parte de objetos , no SA os interesses são mais freqüentemente por áreas intelectuais específicas . Freqüentemente , quando eles entram para a escola , ou mesmo antes , essas crianças mostrarão interesse obsessivo em uma área como matemática , aspectos de ciência , leitura (alguns tem histórico de hiperlexia - leitura rotineira em idade precoce) ou algum aspecto de história ou geografia , querendo aprender tudo que for possível sobre o objeto e tendendo a insistir nisso em conversas e jogos livres . Tenho visto algumas crianças com SA cujo foco são mapas , clima , astronomia , vários tipos de máquinas ou aspectos de carros , trens , aviões e foguetes . Curiosamente , voltando à descrição original do Dr. Asperger em 1944 , a área de transportes tem parecido ser de especial fascínio (ele descreveu crianças que memorizavam as linhas de bonde de Viena até o último ponto) . Muitas crianças com SA , até 3 anos de idade , parecem ser especialmente atentas a coisas como as rotas nas viagens de carro . Às vezes as áreas de fascínio representam exagero de interesses comuns em nossa cultura , como Tartarugas Ninja , Power Rangers , dinossauros , etc . Em muitas crianças as áreas de interesse especial mudam com o tempo , com uma preocupação sendo substituída por outra . Em algumas crianças , no entanto , os interesses podem persistir até a fase adulta e há muitos casos onde as fascinações de infância formaram a base para carreiras adultas , incluindo um bom número de colegas professores .
  • A outra maior característica de SA é a deficiente socialização , e isso , também , tende a ser algo diferente do que se vê no autismo típico . Embora crianças com SA sejam freqüentemente notadas por pais e professores como estando "em seu próprio mundo" e preocupadas com sua própria agenda , elas raramente são distantes como as crianças com autismo . De fato , muitas crianças com SA , pelo menos na idade escolar , expressam desejo de viver em sociedade e ter amigos . São freqüentemente profundamente frustradas e desapontadas com suas dificuldades sociais . Seu problema não é exatamente a falta de interação , mas a falta de efetividade nas interações . Eles parecem ter dificuldade para aprender a "fazer conexões" sociais. Gillberg descreveu isso como uma "desordem de empatia" , a inabilidade de efetivamente "ler" as necessidades e perspectivas dos outros e responder apropriadamente . Como resultado , crianças com SA tendem a ler errado as situações sociais e suas iterações e suas respostas são freqüentemente vistas por outros como "ímpares" .

Embora características "normais" de linguagem seja uma característica que distingue SA de outras formas de autismo e PDD , usualmente há algumas diferenças observáveis na forma como essas crianças usam a linguagem . Essa é a habilidade em que são mais fortes, às vezes muito fortes . Sua prosódia - aqueles aspectos da linguagem falada como volume , entonação , inflexão , velocidade , etc - é freqüentemente diferente . Às vezes soa formal ou pedante , expressões idiomáticas e gírias são freqüentemente não usadas ou usadas erroneamente , e as coisas são freqüentemente tomadas literalmente . A compreensão da linguagem tende ao concreto , com problemas crescendo quando a linguagem se torna mais abstrata nos graus mais elevados . Pragmática , ou informal , habilidades de linguagem são freqüentemente fracas devido a problemas com retornos , uma tendência a reverter para áreas de interesse especial ou dificuldade de sustentar o "dar e receber" das conversas . Muitas crianças com SA tem dificuldade com humor , tendendo a não "pegar" brincadeiras particularmente coisas como trocadilhos ou jogos de palavras . A crença comum de que crianças com Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são sem senso de humor é freqüentemente um erro . Algumas crianças com SA tendem a ser hiperverbais , não entendendo que isso interfere com suas interações com os outros e afastando-os .

Quando se examina a história inicial da linguagem de crianças com SA não há padrões simples : algumas delas atingem normalmente , e às vezes até prematuramente os marcos , enquanto outras mostram claramente atrasos na fala com rápida recuperação da linguagem normal quando começa a fase escolar . Nessas crianças abaixo de 3 anos em que a linguagem ainda não chegou à faixa normal , a diferenciação de diagnóstico entre SA e autismo leve pode ser difícil , a ponto de somente o tempo pode clarificar o diagnóstico. Freqüentemente , particularmente durante os primeiros anos, pode-se perceber características associadas à linguagem similares às do autismo , como aspectos perseverativos ou repetitivos da linguagem ou uso de frases feitas ou figuras de material ouvido previamente .

Síndrome de Asperger através da vida

Em seu trabalho original de 1944 , descrevendo crianças que depois passaram a ser designadas pelo seu nome , Hans Asperger reconheceu que embora os sintomas e problemas mudem com o tempo , o problema geral raramente acaba . Ele escreveu que "no curso do desenvolvimento , certas características predominam ou recuam , de modo que os problemas apresentados mudam consideravelmente . Todavia , os aspectos essenciais permanecem inalterados . Na primeira infância existe dificuldade em aprender habilidades simples e adaptação social . Estas dificuldades surgem do mesmo distúrbio que cause problemas de conduta e aprendizado na idade escolar , problemas de desempenho no trabalho na fase da adolescência e conflitos sociais e conjugais na fase adulta ." Por outro lado , não se questiona que crianças com SA tem geralmente problemas mais brandos em cada idade se comparados àqueles com outras formas de autismo e PDD , e seu prognóstico final é certamente melhor . De fato , uma das mais importantes razões para distinguir SA de outras formas de autismo é seu histórico consideravelmente mais brando .

A criança pré-escolar

Como se pode notar , não há um quadro único e uniforme da síndrome de Asperger nos primeiros 3 a 4 anos de vida . O quadro inicial pode ser difícil de distinguir do autismo típico , sugerindo que , quando se avalia qualquer criança com autismo e inteligência aparentemente normal , a possibilidade de ele/ela ter um quadro mais compatível com o diagnóstico Asperger deve ser considerada . Outras crianças podem ter atrasos iniciais de linguagem com rápida recuperação entre os 3 e 5 anos de idade . Finalmente , algumas dessas crianças , particularmente as mais vivas , podem não evidenciar atraso inicial de desenvolvimento exceto , talvez , algum desajeitamento motor . Em alguns casos , entretanto , se observa atentamente a criança na fase de 3 a 5 anos , traços do diagnóstico podem ser encontrados , e em muitos casos uma avaliação abrangente pode ao menos apontar para um diagnóstico no espectro PDD/autismo . Embora essas crianças se relacionem de modo perfeitamente normal dentro da família , problemas podem ser notados quando entram no ambiente da pré-escola . Isso pode incluir : tendência a evitar interações sociais espontâneas ou mostrar habilidades fracas em iterações , problemas para sustentar simples conversações ou tendência a ser perseverativo ou repetitivo quando conversando , respostas verbais díspares , preferência por rotinas e dificuldade com transições, dificuldade para regular respostas sociais/emocionais com raiva , agressão , ansiedade excessiva , hiperatividade , parecendo estar "em seu próprio mundo", e tendência a sobrefocar em objetos ou assuntos em particular . Certamente , a lista é muito parecida com os primeiros sintomas de autismo ou PDD . Comparado a essas crianças , no entanto , terá linguagem menos anormal e poderá não ser tão obviamente "diferente" das outras crianças . Áreas com habilidades particularmente fortes podem estar presentes , como reconhecimento de letras ou números , memorização de fatos , etc .

Escola elementar

As criança com SA freqüentemente entrará no jardim de infância sem ter sido adequadamente diagnosticada . Em alguns casos , haverá observações relacionadas ao comportamento (hiperatividade, falta de atenção, agressividade, ausências) nos anos pré-escolares ; suas habilidades sociais e interações com os pares podem ser classificadas como "imaturas"; a criança pode ser vista como tendo algo incomum . Se esses problemas forem mais severos , então educação especial pode ser sugerida , mas provavelmente crianças com SA seguem o caminho escolar normal . Freqüentemente o progresso acadêmico nos primeiros anos é área de relativo sucesso ; por exemplo , leitura é usualmente boa e habilidades de cálculo pode ser igualmente fortes , embora habilidades com o lápis sejam consideravelmente fracas . O professor provavelmente atacará as áreas "obsessivas" de interesse da criança , que freqüentemente atrapalham os trabalhos de classe . Muitas crianças mostrarão algum interesse social em outras crianças , embora posas ser pequeno , mas elas normalmente apresentam fraco desempenho para fazer e manter amizades . Elas podem mostrar particular interesse em uma ou poucas crianças ao seu redor , mas normalmente a profundidade de suas interações será relativamente superficial . Por outro lado , conheci algumas crianças SA que se apresentam atenciosas e "bonitas" , particularmente quando interagindo com adultos . O déficit social , quando menos severo , pode ser subestimado por muitos observadores .

O curso através da escola elementar pode variar consideravelmente de criança para criança , e problemas podem variar de leves e fáceis de administrar a severos e intratáveis , dependendo de fatores como o grau de inteligência da criança , propriedade da administração na escola e em casa , temperamento da criança e a presença ou ausência de fatores complicadores como hiperatividade , problemas de atenção , ansiedade, problemas de aprendizagem , etc .

Graus mais adiantados

À medida que a criança SA se move através da escola média e secundária , as áreas mais difíceis continuam a ser aquelas relacionadas a socialização e ajustamento comportamental . Paradoxalmente , devido a crianças SA serem freqüentemente administradas em escola normal , e devido a seus problemas específicos de desenvolvimento poderem ser mais facilmente relevados (especialmente se forem brilhantes e não agirem tão "estranhamente") , elas são freqüentemente mau interpretados nessa idade por seus professores e colegas . No nível secundário os professores freqüentemente tem menos oportunidade de conhecer bem a criança e problemas com comportamento ou habilidades de trabalho/estudo podem ser erroneamente atribuídas a problemas emocionais ou motivacionais . Em alguns casos particularmente menos estruturados ou familiares , como cantina , educação física ou playground , a criança pode entrar em conflitos ou luta de forças com professores ou estudantes que não estejam familiarizados com seu estilo de interação . Isso pode às vezes levar a sérias explosões . A pressão se acumula nessas crianças até reagirem de uma forma dramática e inapropriada .

Na segunda metade do 1o grau (da 5a. a 8a. série) onde as pressões são maiores e a tolerância a diferenças é mínima , crianças com SA podem ser postas de lado , mal interpretadas , ou importunadas e perseguidas . Desejando fazer amigos e mantê-los , mas inábeis pare fazê-lo , podem se afastar cada vez mais ou seu comportamento pode se tornar cada vez mais problemático na forma de ausências e não-cooperação . Algum grau de depressão não é incomum e é um complicador . Se não há significativas dificuldades de aprendizado , o desempenho acadêmico pode continuar forte , particularmente em suas áreas de particular interesse ; freqüentemente , no entanto , haverá súbitas tendências a interpretar erroneamente informações , particularmente abstrações ou linguagem figurativa . Dificuldades de aprendizado são freqüentes e dificuldades de atenção e organização podem estar presentes .

Afortunadamente , no segundo grau a tolerância pelas variações e excentricidades individuais cresce . Se a criança vai bem academicamente , isso pode dar-lhe o respeito dos outros estudantes . Alguns estudantes SA podem ser tachados como "Caxias" , um grupo como qual efetivamente se parece em muitos aspectos e com o qual pode superar algumas dificuldades da SA . O adolescente SA pode formar amizades com outros estudantes que compartilham seus interesses através de clubes de computador ou de matemática , feiras de ciências , clubes de Star Trek , etc . Com sorte e gerenciamento adequado , muitos desses estudantes desenvolverão habilidades consideráveis , "graus sociais" e habilidades gerais para se encaixar mais confortavelmente em sua idade , facilitando seu caminho .

Adultos Asperger

Crianças Asperger crescem . É importante notar que temos informação limitada relativa aos resultados da maioria das crianças . Somente recentemente SA foi separada do autismo típico e o resultado dos casos mais brandos geralmente não foi relatado . Os dados disponíveis sugerem que , comparados a outras formas de autismo/PDD , crianças com SA são mais aptas a crescer e ser adultos independentes em termos de emprego , casamento , família , etc .

Uma das mais interessantes e úteis fontes de dados vem indiretamente , da observação dos pais ou parentes da criança SA , que parecem eles próprios ter SA . Dessas observações fica claro que SA não impede o potencial de uma vida adulta mais "normal" . Comumente esses adultos gravitarão para uma ocupação ou profissão relacionada a sua própria área de interesse especial , às vezes se tornando muito talentoso . Muitos dos estudantes brilhantes SA são capazes de completar com sucesso a faculdade e até mesmo pós-graduação . Em muitos casos continuarão a demonstrar , pelo menos em alguma extensão , sutis diferenças nas iterações sociais . Eles podem ser desafiados pelas exigências sociais e emocionais do casamento , embora se saiba que muitos efetivamente se casam . Sua rigidez de estilo e perspectiva idiossincrática no mundo podem gerar dificuldades de interações , dentro e fora da família . Também há o risco de problemas de humor , como depressão e ansiedade , e é sabido que muitos encontram seu caminho com psiquiatras e outros especialistas em saúde mental onde , sugere Gillberg, a verdadeira natureza de seus problemas pode não ser reconhecida ou diagnosticada erroneamente .

De fato , Gillberg estima que talvez 30-50% dos adultos com SA nunca foram avaliados ou corretamente diagnosticados . Esses "Asperges normais" são vistos pelos outros como "um pouco diferentes" ou excêntricos , ou talvez recebam outro diagnóstico psiquiátrico . Encontrei alguns indivíduos que acredito se encaixem nessa categoria , e fico impressionado por quantos deles foram capazes de usar suas habilidades , freqüentemente suportados pelos que os amam , para achar aquilo que considero ser um alto nível de funcionalidade , personalidade e profissionalismo . Foi sugerido que alguns dos mais brilhantes e altamente funcionais indivíduos com SA representam recurso único para a sociedade , tendo interesse único em avançar o conhecimento em várias áreas da ciência , matemática , etc .

Sugestões para administrar na escola

O mais importante ponto de partida para ajudar estudantes com síndrome de Asperger a funcionar efetivamente na escola é que o staff (todos que tenham contato com a criança) compreenda que a criança tem uma desordem de desenvolvimento que a leva a se comportar e responder de forma diferente que os demais estudantes . Muito freqüentemente o comportamento dessas crianças é interpretado como "emocional" ou "manipulativo" ou alguns termos que confunde a forma como eles respondem diferentemente ao mundo e seus estímulos . Dessa compreensão segue que o staff da escola precisa individualizar sua abordagem para cada uma dessas crianças ; não funciona tratá-los da mesma forma que a outros estudantes . O próprio Asperger compreendeu a importância central da atitude do professor no seu próprio trabalho com essas crianças . Ele escreveu em 1944 "Estas crianças freqüentemente mostram uma surpreendente sensibilidade à personalidade do professor... Eles podem ser ensinados , mas somente por aqueles que lhe dão verdadeira afeição e compreensão , pessoas que mostram delicadeza e , sim , humor... A atitude emocional básica do professor influencia , involuntária e inconscientemente , o humor e o comportamento da criança ."

Embora seja sabido que muitas crianças com SA possam ser administradas em classes regulares , elas freqüentemente precisam de algum suporte educacional . Se problemas de aprendizado estão presentes , salas de recuperação ou tutoreamento podem ser úteis para fornecer explicação e revisão individualizadas . Serviços de fonoaudiologia podem ser desnecessários, mas especialista em fala e linguagem na escola podem ser úteis como consultores para o resto do staff , sugerindo caminhos para endereçar problemas em áreas como linguagem pragmática . Se o desajeitamento motor for significativo , como às vezes ocorre , um terapeuta ocupacional pode dar estímulos úteis . O conselheiro da escola ou o serviço social pode dar treinamento em habilidades sociais , bem como suporte emocional . Finalmente , umas poucas crianças com grande necessidade podem se beneficiar com a assistência de uma assistente de classe especialmente designada para ele . Por outro lado , algumas das crianças com alta funcionalidade e as com quadro leve de SA são capazes de se adaptar e funcionar com pouco suporte formal da escola , se o staff for compreensivo , flexível e der suporte .

Há alguns princípios gerais para administrar crianças com algum grau de PDD na escola, e isso se aplica ao SA :

  • as rotinas de classe devem ser mantidas tão consistentes , estruturadas e previsíveis quanto possível . Crianças com SA não gostam de surpresas . Devem ser preparadas previamente , quando possível , para mudanças e transições , inclusive as relacionadas a paradas de agenda , dias de férias , etc .

  • regras devem ser aplicadas cuidadosamente . Muitas dessas crianças podem ser nitidamente rígidas quanto a seguir regras quase que literalmente . É útil expressar as regras e linhas-mestra claramente , de preferência por escrito , embora devam ser aplicadas com alguma flexibilidade . As regras não precisam ser exatamente as mesmas para as crianças SA e o resto da classe - suas necessidades e habilidades são diferentes .

  • o staff deve tirar toda a vantagem da área de especial interesse quando lecionando .A criança aprenderá melhor quando a área de alto interesse pessoal estiver na agenda . Os professores podem conectar criativamente as áreas de interesse ao processo de ensino . Pode até mesmo usar as áreas de especial interesse como recompensa para a criança por completar com sucesso outras tarefas em aderência a regras e comportamentos esperados .

  • muitos estudantes com SA respondem bem a estímulos visuais : esquemas , mapas , listas , figuras , etc . Sob esse aspecto são muito parecidas com crianças com PDD e autismo .

  • em geral , tentar ensinar baseado no concreto . Evitar linguagem que posa ser interpretada erroneamente por crianças SA , como sarcasmo , linguagem figurada confusa , figuras de linguagem , etc . Procurar interromper e simplificar conceitos de linguagem mais abstratos .

  • ensino explícito e didático de estratégias pode ser muito útil para ajudar a criança a ganhar eficiência em "funções executivas" como organização e habilidades de estudo .

  • assegurar-se que o staff da escola fora da sala de aula (professor de educação física , motorista do ônibus , pessoal da cantina , bibliotecária) esteja familiarizado com o estilo e necessidades da criança e tenha adequado treinamento em tratá-lo . Essas coisas menos estruturadas , onde as rotinas e expectativas são menos claras tendem a serem difíceis para a criança SA .

  • tentar evitar luta de forças . Essa crianças freqüentemente não entendem demonstrações rígidas de autoridade ou raiva e irão eles próprios tornar-se mais rígidos e teimosos se forçados . Seu comportamento pode ficar rapidamente fora de controle , e nesse ponto é normalmente melhor para o terapeuta interromper e deixar esfriar . É sempre preferível , se possível , antecipar essas situações e tomar ações preventivas para evitar a confrontação através de serenidade , negociação , apresentação de escolhas ou dispersão de atenção .

  • A principal área de atenção à medida que a criança se move através da escola é a promoção de uma interação social mais apropriada , ajudando esta criança a atingir uma melhor sociabilidade . Treinamento formal e didático em habilidades sociais pode ser feito tanto em sala de aula quanto em ação mais individualizada . Abordagens que tem sido muito bem sucedidas utilizam modelamento direto e ação a nível concreto (alguns como no Curriculum de Skillstreaming) . Ensaiando e praticando como agir em várias situações sociais a criança pode com sucesso aprender a generalizar as habilidades para um conjunto natural . É muitas vezes útil usar uma abordagem onde a criança é juntada com outra para absorver alguns encontros estruturados . O uso de um "sistema amigo" pode ser muito útil , desde que essas crianças se relacionem melhor 1-1 . A seleção cuidadosa de um amigo não-Asperger para a criança pode ser uma ferramenta para ajudar a montar habilidades sociais , encorajar amizades e reduzir a estimatização . Deve ser tomado cuidado , especialmente nos graus mais avançados , para proteger a criança de ser importunada dentro e fora da sala de aula , uma vez que é uma grande fonte de ansiedade para crianças mais velhas com SA . Deve ser feito esforço para ajudar outros estudantes a entender melhor a criança SA , de modo a obter tolerância e aceitação . Os professores podem tirar vantagem das fortes habilidades acadêmicas que muitas crianças SA tem para ajudá-los a ganhar aceitação de seus pares . É muito útil se a criança SA tem a oportunidade de ajudar outras crianças às vezes .

  • Embora muitas crianças com SA sejam conduzidas sem medicação e a medicação não cura nenhum dos sintomas principais , existem situações específicas onde a medicação pode ocasionalmente ser útil . Os professores devem ficar atentos para o potencial de problemas de humor , como ansiedade e depressão , particularmente em crianças mais velhas com SA . Medicação com antidepressivo (por exemplo Imipriamine ou uma das novas drogas serotonergicas como Fluoxetine) pode ser indica se problemas de humor interferirem significativamente com o funcionamento da criança . Algumas crianças com sintomas compulsivos significativos ou comportamento ritualista podem ser ajudadas por drogas serotonergicas ou clomipramine . Problemas de falta de atenção na escola que às vezes se nota em certas
  • crianças podem às vezes ser ajudados por medicação estimulante como methylphenidate ou dextroamphetamine , da mesma forma que são usados para tratar Déficit de Atenção . Ocasionalmente pode ser necessário medicação para acessar comportamentos mais severos de comportamento que não tenham respondido a intervenções comportamentalistas , não-médicas . Clonidine é uma medicação que tem se mostrado útil em tais situações e há outras opções , se necessário .

  • Tentando dar um ensino adequado e um plano de administração na escola , é freqüentemente útil que pessoal de apoio e os pais trabalhem juntos , uma vez que os pais estão mais familiarizados com o que ocorreu no passado para uma dada criança . Também é útil colocar tantos detalhes quanto for possível no Plano de Educação Individual , de modo que o progresso posa ser monitorado e reaproveitado de ano para ano . Finalmente , para arquitetar esses planos , pode às vezes ser útil a ajuda de um conselheiro

  • familiarizado no trato de crianças com a síndrome de Asperger e outras formas de PDD , como psicólogos , médicos e consultores Boces . Em casos complexos a orientação de uma equipe sempre é recomendável .

Entendendo estudantes com a Síndrome de Asperger

Guia para professores

Autor: Karen Williams

Obtido da Página do Psiquiatra Infantil Walter Camargos Junior

Crianças diagnosticadas com Síndrome de Asperger (SA) apresentam um desafio especial no sistema educacional . Vistos tipicamente como excêntricos e peculiares pelos colegas , suas habilidades sociais inatas freqüentemente as levam a serem feitas de bode expiatório . Desajeitamento e interesse obsessivo em coisas obscuras contribuem para sua apresentação "ímpar" . Crianças com SA falham no entendimento das relações humanas e regras do convívio social ; são ingênuos e eminentemente carentes de senso comum . Sua inflexibilidade e falta de habilidade para lidar com mudanças leva esses indivíduos a ser facilmente estressados e emocionalmente vulneráveis . Ao mesmo tempo , crianças com AS (na maioria rapazes) tem freqüentemente inteligência na média ou acima da média e tem memória privilegiada . Sua obsessão por tema único de interesse pode levar a grandes descobertas mais tarde na vida .

Síndrome de Asperger é considerada uma desordem do fim do espectro do autismo . Comparando indivíduos dentro desse espectro , Van Krevelen (citado em Wing, 1991) notou que crianças com autismo de baixa funcionalidade "vivem em seu próprio mundo", enquanto que crianças com autismo de alta funcionalidade "vivem em nosso mundo , mas do seu próprio jeito" (pg.99) .

Naturalmente , nem todas as crianças com SA são diferentes . Exatamente porque cada criança com SA tem sua própria personalidade , sintomas SA "típicos" se manifestam de formas específicas para cada indivíduo . Como resultado , não existe uma receita exata para abordagem em sala de aula que possa ser usada para todos os jovens com SA , da mesma forma que os métodos educacionais não atendem às necessidades de todas as crianças que não apresentam SA .

Abaixo estão descrições de sete características que definem a SA , seguidas de sugestões e estratégias de sala de aula para lidar com esses sintomas . (intervenções em sala de aula são ilustradas com exemplos de minha própria experiência lecionando na Escola de Psiquiatria do Centro Médico para Crianças e Adolescentes da Universidade de Michigan . Essas sugestões são oferecidas somente no sentido mais geral , e devem ser adequadas às necessidades únicas de cada estudante com SA .

Insistência em semelhanças

Crianças com SA são facilmente oprimidas pelas mínimas mudanças , altamente sensíveis a pressões do ambiente e às vezes atraídas por rituais . São ansiosos e tendem a temer obsessivamente quando não sabem o que esperar . Stress , fadiga e sobrecarga emocional facilmente os afeta .

Sugestões:

  • Fornecer ambiente previsível e seguro ;
  • Minimizar as transições ;
  • Oferecer rotinas diárias consistentes . A criança precisa entender cada rotina do dia e saber o que a espera , de forma a ser capaz de se concentrar na tarefa que tem em mãos ;
  • Evitar surpresas : preparar a criança previamente para atividades especiais , mudanças de horários ou qualquer outra mudança de rotina , independente de quão mínima seja ;
  • Afastar o medo do desconhecido , mostrando à criança as novas atividades , professor , classe , escola , acampamento , etc com antecedência , tão cedo quanto possível depois dele/dela ser informada da mudança, para prevenir medo obsessivo .
  • Por exemplo , quando a criança com SA precisa trocar de escola , ela deve ser apresentada ao novo professor , passear pela escola e ser informada de sua nova rotina antes de começar . A transição da escola velha precisa ser feita nos primeiros dias de forma que a rotina seja familiar para a criança no novo ambiente . O novo professor pode descobrir as áreas de especial interesse da criança e ter livros ou atividades relacionadas disponíveis no primeiro dia da criança ).

Dificuldades em interações sociais

Crianças com SA mostram-se inábeis para entender regras complexas de interação social ; são ingênuas ; são extremamente egocêntricas ; podem não gostar de contatos físicos ; falam junto as pessoas em vez de para elas ; não entende brincadeiras , ironias ou metáforas ; usa tom de voz monótono ou estridente , não-natural ; uso inapropriado de olhar fixo e linguagem corporal ; são insensíveis e com o sentido do tato deficiente ; interpretam errado as deixas sociais ; não conseguem julgar as "distâncias sociais" exibindo pouca habilidade para iniciar e sustentar conversas ; tem discurso bem desenvolvido mas comunicação pobre ; são às vezes rotulados de "pequeno professor" porque seu estilo de falar é semelhante ao adulto e pedante ; são facilmente passados para trás (não percebem que outros às vezes os roubam ou enganam) ; normalmente desejam ser parte do mundo social .

Sugestões

  • Proteger a criança de ser importunada ou bulida ;
  • Nos grupos mais velhos , tentar educar os colegas sobre a criança com SA , quando a dificuldade social é severa , descrevendo seus problemas sociais como uma autêntica dificuldade . Elogiar os colegas quando o tratam com jeito . Isso pode prevenir que se torne bode expiatório , ao mesmo tempo que promove empatia e tolerância nas outras crianças ;
  • Enfatizar as habilidades acadêmicas da criança com SA , criando situações cooperativas onde suas habilidades de leitura , vocabulário , memória e outras sejam vistas como vantajosas pelos colegas , aumentando dessa forma sua aceitação ;
  • Muitas crianças com SA desejam ter amigos , mas simplesmente não sabem como interagir . Eles precisam ser ensinados a reagir a situações sociais e a ter um repertório de respostas para usar em várias situações sociais . Ensinar as crianças o que dizer e como dizer . Modelar interações bidirecionais e treinar . O julgamento social dessas crianças se desenvolve somente depois que lhes são ensinadas regras que os outros entendem intuitivamente . Um adulto com SA escreveu que ele aprendeu a "imitar o comportamento humano" . Um professor universitário com AA observou que seu esforço para entender as interações humanas o fez "sentir-se como um antropólogo em Marte" (Sacks, 1993, pg. 112) ;
  • Embora sua dificuldade para entender as emoções dos outros , crianças com SA podem aprender a forma correta de reagir . Quando insultam sem querer , por imprudência ou insensibilidade , precisa ser explicado a eles porque a resposta foi inapropriada e qual teria sido a resposta correta . Indivíduos com SA precisam aprender as habilidades sociais intelectualmente : seu instinto social e intuição são falhos ;
  • Estudantes mais velhos com SA podem se beneficiar do "sistema amigo" . O professor pode educar um colega sensível e hábil quanto à situação da criança com SA e sentá-los próximos . O colega pode cuidar da criança SA no ônibus , no recreio , nos corredores , etc , e tentar incluí-lo nas atividades da escola ;
  • Crianças com SA tendem a ser reclusos ; o professor precisa incentivar o envolvimento com outros . Encorajar atividades sociais e limitar o tempo gasto em interesses isolados . Por exemplo , um auxiliar do professor sentado na mesa do lanche pode ativamente encorajar a criança com SA a participar da conversa com os colegas , não somente solicitando suas opiniões e lhe fazendo perguntas , mas também sutilmente incentivando as outras crianças a fazer o mesmo .

Gama restrita de interesses

Crianças com SA tem preocupações excêntricas ou ímpares, fixações intensas (às vezes colecionando obsessivamente coisas não-usuais). Eles tendem a "leitura" implacável nas áreas de interesse ; perguntam insistentemente sobre seus interesses ; tem dificuldades para ir avante com idéias ; seguem as próprias inclinações , a despeito da demanda externa ; às vezes recusam-se a aprender qualquer coisa fora do seu limitado campo de interesses .

Sugestões

  • Não admitir que a criança com SA discuta perseverativamente ou faça perguntas sobre interesses isolados . Limitar esse comportamento designando um tempo específico do dia , quando a criança pode falar sobre isso . Por exemplo : a uma criança com SA com fixação em animais e tem inumeráveis perguntas sobre um tipo de tartarugas ser permitido fazer essas perguntas somente durante o recreio . Isso fará parte de sua rotina diária e ela aprenderá rapidamente a se interromper quando começar a fazer esse tipo de perguntas em outros horários do dia ;
  • Uso de reforço positivo seletivo , direcionado a formar um comportamento desejado , é uma estratégia crítica para ajudar crianças com SA . Essas crianças respondem a elogios (por exemplo, no caso de um perguntador contumaz , o professor poderia premiá-lo consistentemente assim que ele pare e congratulá-lo por permitir que os outros também falem) . Essas crianças também devem ser premiadas por comportamentos simples e esperados que absorva de outras crianças ;
  • Algumas crianças com SA não querem ensinamentos fora de sua área de interesse . Exigência firme deve ser feita para completar o trabalho de classe . Deve ficar muito claro para a criança SA que ela não está no controle e tem que seguir regras específicas . Ao mesmo tempo , no entanto , encontrar um meio-termo , dando-lhe a oportunidade de perseguir seus próprios interesses ;
  • Para crianças particularmente obstinadas , pode ser necessário inicialmente individualizar todos os conteúdos em redor de sua área de interesse (por exemplo , se o interesse é dinossauros , oferecer sentenças de gramática , problemas de matemática , leitura e escrita sobre dinossauros) . Gradualmente introduzir outros tópicos .
  • Estudantes podem receber a tarefa de relacionar seus interesses com o tema em estudo . Por exemplo , durante o estudo sobre um país específico , uma criança obssecada por trens pode receber a tarefa de pesquisar os meios de transporte usados naquele país ;
  • Usar as fixações da criança como um caminho para abrir seu repertório de interesses . Por exemplo , durante uma unidade "corredores da floresta" o estudante com SA que tinha obsessão por animais foi levado não somente a estudar os animais corredores da floresta , mas a própria floresta , que é a casa dos animais . Ele se motivou a aprender sobre o povo local que era forçado a cortar as árvores do habitat dos animais da floresta para sobreviver .

Concentração fraca

Crianças com SA são freqüentemente desligadas , distraídas por estímulos internos ; são muito desorganizados ; tem dificuldade para sustentar o foco nas atividades de sala de aula (freqüentemente a atenção não é fraca , mas seu foco é "diferente" ; os indivíduos com SA não conseguem filtrar o que é relevante [Happe, 1991] , de modo que sua atenção é focada em estímulos irrelevantes) ; tendência a mergulhar num complexo mundo interno de uma maneira mais intensa que o típico "sonhar acordado" e tem dificuldade para aprender em situações de grupo .

Sugestões

Uma tremenda quantidade de estrutura externa precisa ser arregimentada se se espera que a criança com SA seja produtiva em sala de aula . Conteúdos devem ser divididos em pequenas unidades e o professor deve oferecer freqüentes feedbacks e redirecionamentos ;

Crianças com problemas severos de concentração se beneficiam de sessões de trabalho com tempo definido . Isso as ajuda a se organizar . Trabalho de classe que não seja completado no tempo limite (ou feito sem cuidado dentro do tempo limite) deve ser completado no tempo particular da criança (isto é , durante o recreio ou durante o tempo usado para seus interesses especiais) . Crianças com SA podem às vezes "empacar" ; eles precisam de convicção e programa estruturado que os ensine que agir conforme as regras leva a reforço positivo (esse tipo de programa motiva a criança SA a ser produtiva , aumentando a auto-estima e diminuindo o nível de stress , porque a criança vê a si própria como competente) ;

  • No caso de estudantes de ensino regular , fraca concentração , baixa velocidade e desorganização severa podem tornar necessário diminuir sua carga de tarefas de casa/classe e/ou arranjar tempo numa sala de recuperação onde um professor especial possa dar-lhe a estrutura adicional que precisa para completar as tarefas de classe e casa (algumas crianças com SA são tão inábeis para se concentrar que isso gera stress indevido nos pais , por esperar-se que eles gastem horas toda noite tentando fazer a lição de casa com seu filho) ;
  • Sentar a criança com SA na frente da classe e fazer-lhe freqüentes perguntas diretas , para ajudá-lo a prestar atenção à lição ;
  • Trabalhar uma sinalização não-verbal com a criança (por exemplo , um gentil toque no ombro) quando não estiver atenta;
  • Se o "sistema amigo" for usado , sentar o amigão junto a ele , de modo que este possa lembrá-lo a voltar à tarefa ou prestar atenção à lição ;
  • O professor precisa encorajar ativamente a criança com SA a deixar suas idéias e fantasias para trás e se focar no mundo real . Isso é uma batalha constante , uma vez que o conforto desse mundo interior é tido como muito mais atraente que qualquer coisa na vida real . Para crianças pequenas , até mesmo jogos livres precisam ser estruturados , porque eles podem entrar num mundo solitário , e jogos ritualizados de fantasia podem levá-los a perder contato com a realidade . Encorajando a criança com SA a brincar com uma ou duas outras crianças , com supervisão , não somente estrutura os jogos como oferece a oportunidade de praticar habilidades sociais .

Fraca coordenação motora

Crianças com SA são fisicamente desajeitadas e rudes ; tem andar duro e desgracioso ; são mal sucedidos em jogos envolvendo habilidades motoras ; e experimentam déficit em motricidade fina que causa problemas de caligrafia , baixa velocidade de escrita e afeta sua habilidade para desenhar .

Sugestões

  • Encaminhar a criança com SA para um programa de educação física adaptado , se os problemas motores grossos forem severos ;
  • Envolver a criança com SA num currículo de saúde e forma física , ao invés de em esportes competitivos ;
  • Não empurrar a criança a participar em esportes competitivos , uma vez que sua fraca coordenação motora só pode levar a frustração e rejeição dos membros do time . À criança com SA falta a compreensão social da coordenação das ações de cada um sobre os outros do time ;
  • Crianças com SA podem precisar de um programa altamente individualizado que imponha traçar e copiar no papel , acoplado com padrões motores no quadro negro . O professor guia a mão da criança repetidamente , formando as letras e conexões das letras e também usa a descrição verbal . Uma vez que a criança guarde a descrição na memória , ela pode falar para si própria enquanto forma as letras , independentemente ;
  • Crianças pequenas com SA se beneficiam com linhas guia , que os ajudam a controlar o tamanho e uniformidade das letras que escrevem . Isso também as força a usar o tempo para escrever com atenção ;
  • Quando aplicando tarefas com tempo definido , certificar-se que a menor velocidade de escrita da criança esteja sendo levada em conta ;
  • Indivíduos com SA podem precisar de mais tempo que seus colegas para completar as provas (fazer as provas na sala de apoio não somente oferece mais tempo mas também fornece a estrutura adicional e o redirecionamento do professor que essas crianças precisam para se focar na tarefa em mãos) .

Dificuldades acadêmicas

Crianças com SA usualmente tem inteligência média ou acima da média (especialmente na esfera verbal) mas falham em pensamentos de alto nível e habilidades de compreensão . Tendem a ser muito literais : suas imagens são concretas , a abstração é pobre . Seu estilo pedante de falar e impressionante vocabulário dão a falsa impressão de que entendem daquilo que estão falando , quando em verdade estão meramente papagueando o que leram ou ouviram . A criança com SA freqüentemente tem excelente memória , mas isso é de natureza mecânica , ou seja , a criança pode responder como um vídeo que toca em seqüência . As habilidades de solução de problemas são fracas .

Sugestões

  • Providenciar um programa acadêmico altamente individualizado , estruturado de forma a oferecer sucessos consistentes . A criança com SA precisa de grande motivação para não seguir seus próprios impulsos . Aprender precisa ser gratificante e não um motivo de ansiedade ;
  • Não assumir que a criança com SA aprendeu alguma coisa só porque ela papagueou o que ouviu ;
  • Oferecer explicação adicional e tentar simplificar quando os conceitos da lição são abstratos ;
  • Capitalizar sua memória excepcional : reter informações fatuais é freqüentemente seu forte ;
  • Nuances emocionais , múltiplos níveis de significado e relacionamentos , como os presentes em livros de romance , serão freqüentemente não compreendidos ;
  • As colocações escritas de indivíduos com SA são freqüentemente repetitivas , fogem de um objeto para outro e contém incorretas conotações para as palavras . Essas crianças freqüentemente não sabem a diferença entre conhecimento geral e idéias pessoais e , então , assumem que o professor irá entender suas expressões às vezes sem sentido ;
  • Crianças com SA freqüentemente tem excelentes habilidades de reconhecimento de leitura , mas a compreensão da linguagem é fraca . Cautela ao assumir que entenderam aquilo que leram com tanta fluência ;
  • O trabalho acadêmico pode ser de baixa qualidade porque a criança com SA não é motivada a aplicar esforço em áreas nas quais não se interessa . Expectativas muito firmes devem ser levantadas sobre a qualidade do trabalho produzido . O trabalho executado dentro do tempo previsto deve ser não somente completo , mas feito com cuidado . A criança com SA deve corrigir tarefas de classe mal feitas durante o recreio ou durante o tempo que normalmente usa para seus interesses particulares .

Vulnerabilidade emocional

Crianças com Síndrome de Asperger tem a inteligência para cursar o ensino regular , mas elas freqüentemente não tem a estrutura emocional para enfrentar as exigências de sala de aula . Essas crianças são facilmente estressadas devido à sua inflexibilidade . A auto-estima é pequena, e eles freqüentemente são muito autocríticos e inábeis para tolerar erros. Indivíduos com AS , especialmente adolescentes , podem ser inclinados à depressão (é documentada uma alta percentagem de adultos SA com depressão) . Reações de raiva são comuns em resposta a stress/frustração . Crianças com SA raramente relaxam e são facilmente acabrunhados quando as coisas não são como sua forma rígida diz que devem ser . Interagir com pessoas e copiar as demandas do dia-a-dia lhes exige um esforço hercúleo .

Sugestões:

  • Prevenir explosões oferecendo um alto nível de consistência . Preparar a criança para mudanças na rotina diária , para diminuir o stress (veja a sessão "Resistência a Mudanças") . Crianças com SA freqüentemente se tornam amedrontadas , raivosas e inquietas em face a mudanças forçadas ou não esperadas ;
  • Ensinar à criança como lidar quando o stress a sobrecarrega , para prevenir explosões . Ajudar a criança a escrever uma lista de passos bem concretos que possam ser seguidos quando estiver confusa (por exemplo, 1- respirar fundo três vezes; 2- contar os dedos de sua mão direita lentamente , três vezes ; 3- pedir para ver o pedagogo, etc.) . Incluir na lista um comportamento ritualizado que a criança ache reconfortante na lista . Escrever esses passos num cartão que vá no bolso da criança de modo que sempre esteja disponível para ler ;
  • Efeitos refletidos na voz do professor devem ser reduzidos ao mínimo . Seja calmo ,previsível , e senhor dos fatos nas interações com crianças com AS , enquanto claramente indique compreensão e paciência. Hans Asperger (1991) , o psiquiatra que deu seu nome à síndrome , notou que "o professor que não entende que é necessário ensinar às crianças [com SA] coisas óbvias se sentirá impaciente e irritado" (pg.57) . Não espere que a criança com SA reconheça que está triste/deprimida . Da mesma forma que não percebem os sentimentos dos outros , essas crianças podem ser também inconscientes de seus próprios sentimentos . Elas freqüentemente cobrem sua depressão e negam seus sintomas ;
  • Professores devem estar alertas para mudanças no comportamento que possam indicar depressão, como níveis excepcionais de desorganização, apatia ou isolamento ; limiar de stress diminuído ; fadiga crônica ; choro ; anotações suicidas , etc . Não aceitar a afirmação da criança , nesses casos , de que está "OK" ;
  • Informe sintomas para o terapeuta da criança ou faça um exame de saúde mental , de modo que a criança possa ser avaliada quanto a depressão e receba tratamento , se necessário . Devido a essas crianças não serem capazes de perceber suas próprias emoções e não poderem procurar conforto com os outros , é crítico que depressão seja diagnosticada rapidamente ;
  • Esteja consciente que adolescentes com SA são especialmente sujeitos a depressão. Habilidades sociais são altamente valiosas na adolescência e o estudante com SA é diferente e tem dificuldades para formar relacionamentos normais. O trabalho acadêmico freqüentemente se torna mais abstrato e o adolescente com SA encontra tarefas mais difíceis e complexas . Em um caso , o professor notou que um adolescente com SA parou de reclamar das tarefas de matemática e então acreditou que ele estava copiando muito melhor. Na realidade , sua subseqüente organização e produtividade decaiu em matemática . Ele escapou para seu mundo interior para esquecer de matemática, e então simplesmente parou de copiar ;
  • É crítico que adolescentes com SA que estejam no ensino regular tenham um membro do staff de suporte com quem possam fazer uma checagem pelo menos uma vez por dia . Essa pessoa pode ver como ele está copiando as aulas diariamente e encaminhar observações para os outros professores ;
  • Crianças com SA precisam receber assistência acadêmica assim que dificuldades numa área em particular sejam notadas . Essas crianças são rapidamente sobrecarregadas e reagem muito mais severamente a falhas que outras crianças ;
  • Crianças com SA que sejam muito frágeis emocionalmente podem precisar ser colocadas numa sala de aula altamente estruturada de educação especial que possa oferecer programa acadêmico individualizado . Essas crianças precisam de um ambiente no qual possam ver a si próprias como competentes e produtivas . Nesses casos , colocá-las no ensino regular , onde não podem absorver conceitos ou completar tarefas , serve somente para diminuir sua auto-estima , aumentar seu afastamento e colocá-las em estado de depressão . (Em algumas situações , uma tutora particular pode ser melhor para a criança com SA que educação especial . A tutora oferece suporte afetivo , estruturado e realimentação consistente) .

Crianças com a síndrome de Asperger são tão facilmente sobrecarregadas pelas pressões do ambiente , e tem tão profunda diferença na habilidade de formar relações interpessoais, que não é de se surpreender que causem a impressão de "frágil vulnerabilidade e infantilidade patética" (Wing, 1981, pg. 117) . Everard (1976) escreveu que quando esses jovens são comparados aos colegas sem problemas "instantaneamente se nota como são diferentes e que enormes esforços tem de fazer para viver num mundo onde não se fazem concessões e onde se esperam que sejam conformes" (pg.2) .

Professores podem ter significado vital em ajudar a criança com SA a aprender a negociar com o mundo ao seu redor . Uma vez que as crianças com SA são freqüentemente inábeis para expressar seus medos e ansiedades , é muito importante que adultos façam isso por eles para levá-los do mundo seguro de fantasia em que vivem para as incertezas do mundo externo . Profissionais que trabalham com esses jovens na escola fornecem estrutura externa , organização e estabilidade que lhes falta . O uso de técnicas didáticas criativas , com suporte individual para a síndrome de Asperger é crítico , não somente para facilitar o sucesso acadêmico , mas também para ajudá-los a sentir-se menos alienados de outros seres humanos e menos sobrecarregados pelas demandas do dia-a-dia .


A seguir apresentamos alguns endereços que tratam sobre a sídrome de asperger , exite muita informação , muitos endereços , mas infelizmente a maioria é em ingles . Se voce tem dificuldades em inglês , use o TraduzTudo, um software para tradução , que ajuda bastante . Listamos abaixo alguns endereços :

http://www.usel.edu/bkirby/asperger/- Fundação OASIS
http://www.rmplc.co.uk/eduweb/sites/autism/autism7.html
http://www.rmplc.co.uk/eduweb/sites/autism/autism8.html
http://iceusc.usc.es/
http://sites.uol.com.br/citizen/NEURO.HTM
http://www.autismo.com.br/artigos.html
http://www.geocities.com/Heartland/Village/8635/publicacoes.html

RESUMO

Apesar de ter sido descrita por Hans Asperger em 1944 no artigo “Psicopatologia Autistica na Infância” , apenas em 1994 a Síndrome de Asperger foi incluída no DSM-IV com critérios para diagnóstico.

Algumas das características peculiares mais freqüentemente apresentadas pelos portadores da Síndrome de Asperger são:

- Atraso na fala, mas com desenvolvimento fluente da linguagem verbal antes do 5 anos e geralmente com:

· Dificuldades na linguagem,

· Linguagem pedante e rebuscada,

· Ecolalia ou repetição de palavras ou frases ouvidas de outros,

· Voz pouco emotiva e sem entonação.

· Interesses restritos: escolhem um assunto de interesse, que pode ser seu único interesse por muito tempo. Costumam apegar-se a mais às questões factuais do que ao significado. Casos comuns são interesse exacerbado por coleções (dinossauros, carros, etc.) e cálculos. A atenção ao assunto escolhido existe em detrimento a assuntos sociais ou cotidianos.

· Presença de habilidades incomuns como calculos de calendário, memorização de grandes seqüências como mapas de cidades, cálculos matemáticos complexos, ouvido musical absoluto etc.

· Interpretação literal, incapacidade para interpretar mentiras, metáforas, ironias, frases com duplo sentido, etc.

· Dificuldades no uso do olhar, expressões faciais, gestos e movimentos corporais como comunicação não verbal.

· Pensamento concreto.

· Dificuldade para entender e expressar emoções.

· Falta de auto-censura: costumam falar tudo o que pensam.

· Apego a rotinas e rituais, dificuldade de adaptação a mudanças e fixação em assuntos específicos

· Atraso no desenvolvimento motor e freqüentes dificuldades na coordenação motora tanto grossa como fina, inclusive na escrita..

· Hipersensibilidade sensorial: sensibilidade exacerbada a determinados ruídos, fascinação por objetos luminosos e com música, atração por determinadas texturas etc.;

· Comportamentos estranhos de autoestimulação;

· Dificuldades em generalizar o aprendizado;

· Dificuldades na organização e planejamento da execução de tarefas.

Algumas coisas são aprendidas na idade “própria”, outras cedo demais, enquanto outras só serão entendidas muito mais tarde ou somente quando ensinadas.

Alguns pesquisadores acreditam que Sindrome de Asperger seja a mesma coisa que autismo de alto funcionamento, isto é, com inteligência preservada. Outros acreditam que no autismo de alto funcionamento há atraso na aquisição da fala, e na Síndrome de Asperger, não.
Colocamos em anexo uma lista de critérios diagnósticos da Síndrome de Asperger elaborada pelo pesquisador sueco Christopher Gillberg.
Muitas pessoas acreditam que a importância da diferenciação entre Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento seja mais de cunho jurídico do que propriamente para escolhas relacionadas ao tratamento.
Por um lado, para algumas pessoas dizer, que alguém é portador de Síndrome de Asperger parece mais leve e menos grave do que ser portador de autismo, mesmo que de alto funcionamento – embora isto seja provavelmente uma ilusão. Por outro lado, associações de autismo em todo o mundo alegam que esta divisão em duas patologias diferentes enfraquece um movimento que necessita de tanto apoio como o dos que trabalham pelo autismo

Síndrome de Asperger

síndrome de Asperger ou o transtorno de Asperger ou ainda Desordem de Asperger é um síndrome que está relacionado com o autismo, diferenciando-se deste por não comportar nenhum “atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem”. O termo “síndrome de Asperger” foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma honrar Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990, mais precisamente em 1994 no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na sua quarta edição.

Suspeita-se que Albert Einstein, o físico Isaac Newton, o compositor Mozart e o pintor renascentista Miguel Ângelo também fossem portadores da síndrome, além do cineasta Stanley Kubrick e do filósofo Wittgenstein, bem como Andy Warhol. Outra Asperger de sucesso chama-se Temple Grandin, nos Estados Unidos, uma engenheira e zoóloga, professora universitária. Outro Asperger de sucesso é Syd Barret, vocalista, guitarrista e compositor do Pink Floyd, que devido ao Síndrome de Asperger, viria a só participar no primeiro álbum (maioritariamente) e, minoritariamente, no segundo álbum da banda. Também o vocalista da banda australiana The Vines, Craig Nicholls, foi diagnosticado com a síndrome. Nicholls catalisa toda a sua inteligência na música, criando climas energéticos e totalmente psicadélicos, estando, no entanto, afastado de quase todo o relacionamento social.

Características

· Interesses específicos ou preocupações com um tema em detrimento de outras actividades;

· Rituais ou comportamentos repetitivos;

· Peculiaridades na fala e na linguagem;

· Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo (às vezes comparado com os traços de personalidade do personagem Spock de Jornada nas Estrelas);

· Comportamento socialmente e emocionalmente impróprio e problemas de interacção inter pessoal;

· Problemas com comunicação não-verbal;

· Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados.

Sinais de Alerta

1. Dificuldade em ler as mensagens sociais e emocionais dos olhares – portadores de SA geralmente não olham nos olhos, e quando olham, não os conseguem “ler”.

2. Interpretar literalmente – indivíduos com SA têm dificuldade em interpretar coloquialismos, ironia, gírias, sarcasmo e metáforas.

3. Ser considerado rude e ofensivo – propensos a um comportamento egocêntrico, os Aspergers não captam indirectas e sinais de alertas de que seu comportamento é inadequado à situação social.

4. Honestidade - portadores de Asperger são geralmente considerados “honestos demais” e têm dificuldade em enganar ou mentir, mesmo às custas de magoar alguém.

5. Percepção de erros sociais – à medida que os Aspergers amadurecem e se tornam cientes de sua “cegueira emocional”, começam a temer cometer novos erros no comportamento social, e a autocrítica em relação a isso pode crescer a ponto de se tornar numa fobia.

6. Paranóia – por causa da “cegueira emocional”, pessoas com SA têm problemas para distinguir a diferença entre as atitudes deliberadas ou casuais dos outros, o que por sua vez pode gerar uma paranóia.

7. Lidar com conflitos – ser incapaz de entender outros pontos de vista pode levar a inflexibilidade e a uma incapacidade de negociar soluções de conflitos. Uma vez que o conflito se resolva, o remorso pode não ser evidente.

8. Consciência de magoar os outros – uma falta de empatia em geral leva a comportamentos ofensivos ou insensíveis não-intencionais.

9. Consolar os outros – como carecem de intuição sobre os sentimentos alheios, pessoas com SA têm pouca noção sobre como consolar alguém.

10. Reconhecer sinais de enfado – a incapacidade de entender os interesses alheios pode levar Aspergers a serem bastante desatentos e geralmente não percebem quando o seu interlocutor está entediado ou desinteressado.

11. Introspecção e auto-consciência – os indivíduos com SA têm dificuldade de entender os seus próprios sentimentos ou o seu impacto nos sentimentos alheios.

12. Vestuário e higiene pessoal – pessoas com SA tendem a ser menos afectadas pela pressão dos semelhantes do que outras. Como resultado, geralmente fazem tudo da maneira que acham mais confortável, sem se importar com a opinião alheia. Isto é válido principalmente em relação à forma como se vestem e aos cuidados com a própria aparência.

13. Amor e rancor – como os Aspergers reagem mais pragmaticamente do que emocionalmente, as suas expressões de afecto e rancor são em geral curtas e fracas.

14. Compreensão de embaraço e passo em falso – apesar do fato de pessoas com SA terem compreensão intelectual de constrangimento e gafes, são incapazes de aplicar estes conceitos no nível emocional.

15. Lidar com críticas – pessoas com SA sentem-se forçosamente compelidas a corrigir erros, mesmo quando são cometidos por pessoas em posição de autoridade, como um professor ou um chefe. Por isto, podem parecer imprudentemente ofensivos.

15. Velocidade e qualidade do processamento das relações sociais – como respondem às interacções sociais com a razão e não com a intuição, os portadores de SA tendem a processar informações de relacionamento muito mais lentamente do que o normal, levando a pausas ou demoras desproporcionais e incómodas.

16. Exaustão – quando um indivíduo com SA começa a entender o processo de abstracção, precisa treinar um esforço deliberado e repetitivo para processar informações de outra maneira. Isto muito frequentemente leva a exaustão mental.

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Talvez, muita gente que consideramos apenas mal educada seja vítima dessa síndrome.

Haverá algum tipo de tratamento?


OLá. sou mãe de um adolescente asperger e ele é um pouco parecido com a descrição em alguns aspectos, outros nem tanto, ou seja ele consegue dominar imensas dificuldades assinaladas acima, como o desajeitamento motor acabou por se revelar um dos melhores na turma, em aulas de Ed.Visual foi o unico a ter a nota máx 5 assim como no resto das disciplinas 5 em tudo desde logo o 1º período. Os seus testes variam entre os 95 e 100%, pelo que é obsessivo nos estudos, o que dá uma pressão emocional quer nele quer nos professores que não o compreendem. Se eu não o deixar estudar ele diz que se suicida. Bem, queria só dizer que o que o afecta mais são as fobias e pânico que lhe provocam ataques , crises terríveis que me fazem por vezes perder também a capacidade de lutar no dia-a-dia, seguindo com um sorriso nos lábios e tentando a sua sempre nclusão no n/ mundo "normal", é dificil ser asperger, é dificil ser mãe de um asperger e irmã pois eles também sentem o peso de tudo isto nos seus ombros. Na escola como não tem interesse nas mesmas brincadeiras e assuntos é considerado "anormal, deficiente " e por outros devidos às notas que tem "de génio". O tal 8 ou 80. Admirado por uns e odiado mesmo por outros. A vida é tudo menos perfeita mas digo, eles estão mais próximo da perfeição do que nós, pelo menos os que se inserem no quadro como o meu filho, que não tem medo de um animal mesmo que este o arranhe e morda, mas tem pavor das pessoas pois estas mesmo caladas magoam mais com os seus olhares sarcásticos que mil arranhões. Depois um cão antes de morder ronca mostra o que sente, as pessoas sorriem fingindo algo que não sentem, mentem, são hipócritas e isso para o mundo deles não é compreendido e aceitável e nem deveria nunca sê-lo por nós os "normais". Bem se quiserem saber mais podem contactar pelo : 917803027 Aveiro Portugal

0 replies · active 45 weeks agoOlá Luisa, temos em comum um filho asperger, gostei muito do seu comentário, e apesar do meu filho ter apenas 6 anos já sentimos na pele toda a descriminação e todo essa ansiedade . A verdade é que ninguém é perfeito temos de respeitar as pessoas como elas são...
O meu filho é carinhoso, verdadeiro aliás é uma caracteristica dos asperger não conseguem mentir, se mentem nota-se logo, mas também o meu filho por vezes é rebelde porque não entende as regras, tem uma grande dificuldade em cumprimentar as pessoas o que é muitas vezes acusado como mal educado...

Felizmente na escola os professores já assistiram a um congresso sobre o sindrome e já estão mais ilucidados, o que deixa-me um pouco mais aliviada.

Mas ao contrario do seu filho, o meu não quer trabalhar na escola, está sempre cansado o que deixa a professora zangada, mas fico contente por ela não o considerar um coitadinho e puxar sempre por ele, que é no fundo o que todos nós temos de fazer. Levantar sempre a auto-estima e ensinando-o a conviver com todos nesta sociedade...

Daniela Mann

Tenho um filho de 09 anos, e estamos fechando o diagnóstico de asperger. Devo confessar que é muito triste esse diagnóstico no Brasil, pois todos são hipócritas, que fingem que querem participar desse tal programa de inclusão social, mas no fundo se escondem atrás de desculpas e projetos que não dizem nada. As escolas não estão preparadas para essas crianças, os professores idem, ninguem sabe o que fazer com elas. Se alguem conhecer alguma escola ou entidade, por favor deixem recados.

marcia leal · 66 weeks ago

Tenho um filho de 13 anos que tem algumas características de ter SA, só que o neuro ainda não fechou o diagnóstico, mais já posso sentir na pele a discriminação das pessoas principalmente os adultos, que olham para ele como se ele fosse de outro planeta. Ele é um adolescente maravilhoso. É carinhoso demais, observador, sensível e muito amigo. As pessoas com essa síndrome são especiais. Eu lamento muito que as escolas não tenham profissionais especializados para lidarem com essas crianças.
Beijos e a minha solidariedade para as mães que tem os seu filhos com SA.


Pra mim era uma sindrome desconhecida,mas onde dou aula para o pré I ,acabei de receber um aluno com essa sindrome, e acredito que há uma cura ou uma grande melhora para essas crianças com essas sindrome.
Gostaria de saber se você pode me ajudar ,me orientando em o que fazer?

Se tem alguma atividade que eu possa dar a esse aluno,pois quero muito que ele seja um grande homem.Ele apenas tem 4 anos, mas já aprendeu ir ao banheiro sozinho, dar descarga,esta começando a entender que precisa lavar as mãos depois de usar o banheiro,é muito carinhoso, meigo ,mas preciso muito que me ajude pois quero muito ajudá-lo a progredir ,pois como já disse acredito que há uma cura ou uma grande melhora para essa sindrome.

Rosane - Nova Igua&c · 57 weeks ago

Gostaria de dizer também que faço minhas as palavras emocianadas e verdadeiras de Luísa. Meu lindo filho Rafhael como disseram acima é 8 ou 80, pode ser a criança com notas mais altas de sua turma, ou se comportar igual ou pior que sua irmã Júlia de 3 anos, socialmente. Só podemos esperar que haja avanços nas pesquisas atuais a respeito do assunto, e agradecer a Deus, o que tem sido feito a respeito da SA nos últimos 10 anos, pois com certeza não haveria um diagnóstico correto sobre nossos filhos. Os pais tem que saber que se não houver diagnóstico correto e precoce, a melhora do quadro é mais lenta, visto que não à cura para SA, por favor não se enganem quanto a isso. Em minha cidade conheço outras mães com filhos SA, e os que foram diagnosticados mais cedo, tiveram um progresso incrível em seu comportamento social e com o trato com as pessoas ditos "normais".

Joana · 56 weeks ago

Tanto os autistas quanto os aspergers (que é uma forma de autismo), por mais que estudemos sobre, estão sempre nos deixando bastante confusos. Precisamos nos lembrar que antes de terem uma síndrome são indivíduos e carregam consigo traços de sua personalidade. Outra coisa importante é cada um possuí um grau diferente do problema, então nem todos possem as mesmas caracteríticas; porém o tratamento é similar para todos. O trabalho tem que ser comportamental, através de treinamento, incansavelmente. Tudo deverá ser ensinado, repetido diversas vezes, até que seja aprendido, memorizado. A rotina é imprescindível, fotos da vida diária é de grande ajuda. E muito amor e muuuuiiita paciência, conviver e trabalhar com estas pessoas não é uma tarefa fácil. Sou psicopedagoga e professora da educação especial. Também sou mãe de um jovenzinho autista de 13 anos. Estou à disposição para ajudar e trocar conhecimentos.

Ela -PE · 50 weeks ago

Olá pessoal! eu tenho quase todos os sintomas acima, só NAO sofro com "Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados" sou asperger!? o que eu faço?!tem tratamento?!. Eu sou sempre impaciente, nao consigo de forma nenhuma ficar quieta" o pessoal que me conhece diz que só me amarrando na cadeira e isso é em qualquer lugar até onde eu trabalho. Eu só queria poder dar mas atenção aquelas pessoas que conversam comigo mas nao consigo perfiro ficar fazendo qualquer coisa do quê ficar conversando da uma agonia!!queria encarar as pessoas que são falsas numa boa poder falar com elas sem me sentir como se estivesse matando alguem...e o pior é que nao consigo decorar o rosto de niguem só falo "oi" com quem fala comigo pra nao pagar mico:( fora isso o resto da pra levar, problemas todo mundo tem:D...rsrs...sou sou apenas uma adolescente exagerada, agoniada, aperriada, inteligente, doida e que deixa todo mundo doido rsrsrs...e surta de vez enquando e niguem consegue acompanhar o raciocinio 0 replies · active 50 weeks ago

Para ter a noç&atildeo do seu quociente de intelig&ecircncia e do emocional. Sabe que certa vez, tive uma aluna que nunca conseguia alcan&ccedilar bons resultados. Nem bons, nem sequer um bocadinho bons… ela era p&eacutessima a todas as disciplinas.
Numa reuni&atildeo de professores decidimos encaminhar a menina para o psic&oacutelogo, para perceber o que se passava com ela. Poderia ser mais alguma coisa, al&eacutem da falta de estudo. Para espanto de todos, a menina era inteligent&iacutessima!!! Por&eacutem, o seu quociente emocional estava aqu&eacutem do que deveria ser. A menina apresentava dificuldades de aprendizagem, n&atildeo por ser pouco inteligente, mas porque tinha alguns bloqueios emocionais que a impediam de progredir.
N&atildeo digo que seja o seu caso, mas como menciona uma certa resist&ecircncia à toler&acircncia, pode muito bem ser que precise de algum incentivo emocional para se recompor e auto-motivar… n&atildeo sei, será?

Agosto 1, 2009 | Permalink | Responder

olá á todos eu sou m&atildee de um menino que tem a sindrome de aspenger ,ele foi diagnosticado no fim do ano passado ,fiquei assustada ,triste , apavorada por esse mundo desconhecido assim como todos ficam.
meu filho tem me ensinado a ver o mundo de um outro jeito ,do jeito dele. que o mundo é mais simples do que se parece .meu filho n&atildeo é um coitado ao contrario é um vencedor pois sei que pessoas com essa sindrome s&atildeo vencedores e corajosos para enfrentar coisas que n&oacutes pessoas “normais“ n&atildeo conseguiria .
Eles n&atildeo tem a nossa hipocrisia nem a falta de carater nem a desumanidade como a maioria ,s&atildeo humanos e mais humanos do que se ve por ai ,eles se respeitam da maneira deles ;assim como n&oacutes eles tem dificuldades ,mas s&atildeo pessoas super humanas ,só tenho que agradecer á Deus por tudo.

Agosto 28, 2009 | Permalink | Responder

Eu tenho a maioria desses sintomas, atualmente estou com 18 anos, cheguei a achar que tinha d&eacuteficit de atenç&atildeo ou coisa parecida. No meu est&aacutegio da faculdade a minha Professora me chamou atenç&atildeo que ela só nao me reprovou pq percebeu as minhas reais dificuldades, mas que parecia que ela me falava as coisas e eu n&atildeo entendia nada. As meninas da faculdade e a minha fam&iacutelia por diversas vezes me falaram que me dizem as coisas e parece que entra num ouvido e sai pelo outro.
É a vida inteira assim, e o pior é q tive sempre uma educaç&atildeo mto r&iacutegida, sempre cobrei mto de mim mesma pq minha fam&iacutelia me cobrava, eu sabia q por ser diferente precisava me esfor&ccedilar em dobro, mas ninguem reconhecia.
o que eu fa&ccedilo para me curar disso ou pelo menos nao prejudicar tanto a minha vida?

Agosto 28, 2009 | Permalink | Responder

Eu apresento a maioria desses sintomas. A vida toda tive dificuldade para manter relaç&otildees sociais com fam&iacutelia, na escola, com qualquer pessoa. Me achava diferente, mas n&atildeo sabia o que fazer. Sempre cobraram mto de mim em qualquer lugar, me chamavam a atenç&atildeo, e diziam que eu era avoada e inocente de mais com as interpretaç&otildees dos fatos.
Agora estou na faculdade, tenho medo de falar com as pessoas e elas rirem de mim, me acharem boba. Me acho e sempre me achei meio autista. Nunca tive dificuldades no aprendizado, o que n&atildeo significa que tive rendimento devido a essa imaturidade emocional e real dos fatos. Ou seja minha interpretaç&atildeo é distorcida na maioria das vezes e sempre saio criticada.
O que fa&ccedilo para melhorar esse quadro e melhorar minha qualidade de vida?

Maio 31, 2009 | Permalink | Responder

[...] http://www.amar-ela.com/sindrome-de-asperger [...]